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INQUIETO

"Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)
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terça-feira, 8 de julho de 2014

respiro


Qualquer esperança pra quem não tenha fé,
pra quem coloca o coração no pé.
Qualquer chute desferido pela defesa,
um ato de terror, cometido sem gentileza.

Qualquer sopro, se alguém tiver pulmão,
um respiro na clausura em que vive então.
Qualquer luz vence essa escuridão,
talvez se veja, caso haja, algo de bom.

Qualquer jeito a se dar na desilusão,
qualquer riso entoado ante a multidão
e uma centelha nos faz reviver.

Qualquer vitória sob violação,
qualquer grito árido para a geração
de um novo ritmo para sobreviver.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

direitinho


Por viver'em Singular Sociedade,
os homem'se debat'em vaidade
para saciarem seus sentidos,
darem azo aos anseios suprimidos.

Contudo, TUDO é D.A.Do. à finitude
mesmo os seres cheios de saúde.
Ao notarem, em atraso, que tolhidos,
travam guerra e todos são vencidos.

Percebendo os mesmos erros amiúde,
põ'em paz sua profana latitude
e enlatam regr'aos outros, oprimidos:

"Se cumprires direitinho, não sendo rude,
será concedida, a ti, a (vã) virtude
de esvaeceres, tu, os teus sentidos."

domingo, 3 de junho de 2012

reDoBrado malungo


Voltaram à sincronia, os meus impulsos,
por tempos, afogados em soluços.
E, agora, um corpo cheio de vigor
desponta a reDobrar o que repor.

O passo apressado me expressa,
pronto a apresentar-me à Peça
para ATEAr chamas no unânime
consenso aceito só por pusilânime.

InTento enTornar tumulto em caos,
ir da platéia ao Pal`com paus
armado com medonhos motes.

Toda a ira, em mim, verte-se aos
Pares que BEM saBEM os maus
preceitos imputados com chicotes.

terça-feira, 13 de julho de 2010

ÍNDIOssynkrasía

O cérebro me escapa ao crânio
num ímpeto extracutâneo,
que a tripa toda extravasa.
Perdem-se todos os totens da casa.

Temido tiro em titânio
trespassa o espaço espontâneo.
Impetra-se o pombo sem asa
em órbita de nave da Nasa.

De súbito, um subterrâneo
intenta trajar-se de urânio
e troça do que lhe atrasa.

Num giro, verte-se vulcâneo
em retrocesso extemporâneo
e irrompe-se da aeropausa.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

MiNiMaMeNte NADA


A VIDA é pra viver
Sábado ou DORmiNgo.

É pra ViVer
em cada jiNgle
é pra rolar
o Nato ou griNgo.

A quem tá mal, Melhoras.
A quem tá bem, Penhoras.

É realmeNte perigoso.
Só que o Não viver
tá MORTO.

O que o faz preNder
o faz querer SER Solto.
Só quero o que quiser,
mesmo que o seu prazer
For ToSCo.

Se Não o for é Muito
e, se o For, é pouco.
Mas aPAReCER, aos poucos,
pode PAReCER, aos OUtros
um taNto OUsado.

Só que aos Mais asTUtos
o MuNdo já terá MuDADo.

As Mesmas peças pARCAs
vão escorrer Nas Marcas
as pARTEs, as pragas
da sua vIDA.

São todos VIvos
tenDeNtes SUIcídas.

Vamos viVer sem dó.
É o que espera a estrÊLA.
E o que POde querê-la?
Se somos SÓ seu pó.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

AMEríncola MACAmBúzio


Mesmo em uma maca,
vou macaquear esse marasmo,
o arremedo mórbido de um orgasmo,
o morrer meticuloso que os achaca.
................
Ao ranger estridente da faca,
vão tecer um texto de quiasmos,
vão condicionados como os asnos
 por temerem o toque da matraca.
..................
Nas relações, só nobres espasmos
da energia que se mostra fraca
é o que resta por desperdiçarmos.
................
Se passarmos por tantas catracas
sem, nessa Bossa, nos saborearmos
não seremos SERes, sacas?