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INQUIETO

"Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)
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quinta-feira, 25 de julho de 2013

vivus voco

Sem razão para crer
nas invenções por aí,
sem sermão sequer
posta-se para iludir.

Comporta-se para conter
preceitos ao incutir
o que julga seu ser
lançar-se como elixir.

Mas, sem solução, se ferra
crente como seus pares.
Perde o duelo e a guerra
lhe faz atrasar hectares.

A razão finca raízes na terra,
a crença joga suas folhas nos ares.
Quando seu vôo se encerra,
deitam no solo os azares.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Qualquer um


Não sabe os ovos em que pisa.
Anda sobre os saltos, imprecisa.
Desliza.

Tudo que é vivo lhe estranha
e usa a todo modo a artimanha.
Apanha.

Em quase todas festas se isola
e olha ao largo seu olhar de esmola.
Embola.

O que se poderia esperar
se já não vai mais se controlar.
Azar.

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

EMpazINADO


As vias sanguíneas estão congestionadas,
há interrupções arteriais engorduradas.
Os ossos descalcificados não suportam
o peso estonteante que os entortam.


Os pés dessa cidade estão tortos
e os dedos das suas mãos, devotos
às suas preces vãs. Desesperados
pedem aos seus atores mais cuidados.


Há músculos lisos estirados,
que de esforçados se romperam.
As articulações dobram erradas,
tornam suas pernas esgarçadas.


Nas coxas, se suporta esse peso
de um tronco farto por obeso.
No centro cerebral estupefato,
rompem-se adutoras num infarto!