arraste em seus raivosos rios
os desarranjos dos meus desafios
e o rumo que tomar seu ramo
carregará o cancro do meu crânio.
areje os rastros do que irradio.
rarefaça a força do meu frio.
extraia os traços tortos do engano
em extrato torpe atado por tirano.
odorize as dores e os delírios
não darão direito aos desavisos
destinados a torcerem o trato.
atine-me para que os meus brios
trajem-se de seu aroma e guie-los
a sorverem o seu cenário, estupefato.
*foto de Artur Cesar