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INQUIETO

"Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Na Terra do SOU

Dizem que sou
isso ou aquilo
aquilo outro
e aquilo mais
Um'outra coisa
coisa nenhuma
e eu, tanto faz!

Coisa que é
ou que não é
não importa mais
Importam os Uis
e não os Ais

Se porta um plus
um algo a mais,
porte-se blues
ou parta um jazz

Nos tons de azul
ou de lilás
teu corpo é cool
é habitat

Dizem que sou
isso ou aquilo
aquilo outro
e aquilo mais
Um'outra coisa
coisa nenhuma
e eu, tanto faz!

Se é rock'n'roll
e quer demais
perde um amor
por outros mais

Pode não ser 
o que deseja
mas tem tesão
e brotoeja

Se é bossa nova
ou se não é
só cabe a si
sambar

Coisa que é
ou que não é
não importa mais
Importam os Uis
e não os Ais

Toca seu groove
com entonação
e há quem ouça
samba canção

Suas artimanhas
só vão saber
os que forem
ao menos hipster

Dizem que sou
isso ou aquilo
aquilo outro
e aquilo mais
Um'outra coisa
coisa nenhuma.
Eu, tanto faz!

domingo, 25 de janeiro de 2015

Tá daNado


Venha!
Atravesse o rio a nado
A noite,
com perigo ao lado.

Vamo,
tem cerveja e cigarro
Pula!
Não dá esparro.

Anda,
até aqui é raso.
Bóia,
não derrama o vaso.

Corre!
Tem alguma coisa aqui.
Cala,
já é mais que noite.

Ufa!
Já tamo na trilha.
Veja,
o pirilampo alumia.

Para,
onde é o caminho?
Pensa,
qual é o destino?

Vai,
já vamo chegar.
Pisa,
olha a lua lá.

Eba!
olha quanta areia.
Oba!
o mar incendeia.

Olha,
o sol vai nascer.
Sente
o calor em você.

Cara,
não vou esquecer
isso
nem quando morrer.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Só Movemos

  Vemos
                     como somos
  Somos
                       o que vimos
ViVemos

terça-feira, 2 de julho de 2013

Fremem

A palavra surge
sem causar espanto,
mas a frase inteira
traz estranhamento.

Outro trecho dito
traz um disparate
e os ouvidos mudos
calam-te.

O discurso segue
e os olhares tortos
tornam rubra a face.

Pelo fim dos versos,
num só solilóquio,
violentam-se.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

aPáLavra

a palavra
repetida
muitas vezes
tem o seu
sentido
suprimido
suprimi
supre

a palavra
tem no seu
sentido
algo
por ter sido
repetiDA
repetIDA
repeTIDA

a palavra
sem ser
dita
teme ter
a sua letra
esquecida
e qu  ci  a
   q    c   a

rePETida
a palavra
su.........
a palavra

a pa lavra
a pa la vra
a p a l a v r a

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

bizARria


Acompanhou Cabral em ato oficial,
fez o lobby indigenista.
Miscigenou.

Após o Apostolado,
de ter Jesus ao lado,
apôs-se a cada posse.

Nas praças
e palcos de teatros
atou triunviratos.

Atuou Contra e a Favor,
sem, nunca, se indispor.
Apaziguou.

Liderou massas cinéticas,
sem, nunca, desviá-las .
Deslanchou.

Rebelde em curto prazo,
na França, "por um acaso", 
adoeceu.

Agora, sem desculpa,
se esquece a Lupa,
o Pau Comeu!

sábado, 23 de agosto de 2008

ManoCômico


Ser um anjo em forma decaída
ter acesso sem saída à recaída
ver a vida de uma lida ladra
ser um quarto ao que se enquadra

Mitômano fulano de astros vastos
tem sempre as pedras nos sapatos
não se entende, nem levanta
e sente sempre o sopro de Amaranta

A dor que sente é sua nação
ela mesma o faz resistir
e move em solavancos, coração

Ele anda pelos cantos, por aí
só na fé de não crer em vão
nos confortos que ele vem a contrair


Amaranta
"Terceira filha de José Arcádio Buendía e Úrsula. Se apaixona por Pietro Crespi, assim como sua irmã, Rebeca. Esta arruma seu casamento, enquando Amaranta tenta interrompê-lo. Rebeca desmancha o noivado e se casa com seu irmão de criação José Arcadio. Pietro Crespi se apaixona por Amaranta, que mesmo apaixonada, não o dá esperanças. Tem uma relação amorosa com Aureliano José, seu sobrinho (filho do Coronel Aureliano com Pilar Ternera). Ao fim, mantém uma amizade com o Coronel Gerineldo Márquez, mas o esnoba. Morre virgem e com uma atadura na mão que carrega por boa parte da vida, fruto de uma queimadura em penitência que ela faz consigo mesma após o suicídio de Pietro Crespi." (Wiki)

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

EMpazINADO


As vias sanguíneas estão congestionadas,
há interrupções arteriais engorduradas.
Os ossos descalcificados não suportam
o peso estonteante que os entortam.


Os pés dessa cidade estão tortos
e os dedos das suas mãos, devotos
às suas preces vãs. Desesperados
pedem aos seus atores mais cuidados.


Há músculos lisos estirados,
que de esforçados se romperam.
As articulações dobram erradas,
tornam suas pernas esgarçadas.


Nas coxas, se suporta esse peso
de um tronco farto por obeso.
No centro cerebral estupefato,
rompem-se adutoras num infarto!