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INQUIETO

"Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)
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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

(b)Isca

De uma rocha magmática,
foram talhadas suas curvas,
arredondadas suas formas,
em exagerado preciosismo.

O vento aparou seus seios,
o rio formou seu lombo.
Há pólem em seus cílios,
raízes em seu cabelo.

Quando solta-se, alheia,
surge, de imediato, o veio
do metal mais nobre encontrado.

Canta como a sereia,
não mostra a que veio
e afoga o seu convidado.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

reCato

Essa noite eu sonhei com a sua boca
E a minha boca junto à sua boca
A nossa pele em relativa união
Os seus destinos todos num tesão.

Imaginei o toque dos seus lábios
Suavemente a mim sendo ajustados
Em um encaixe de amores intrincados
Por meio aos nossos sensos sábios

Se em sonho nos saímos assanhados
Em vida há de haver contatos
Pra nos fazermos realização.

Seus sorrisos mostram seus pecados
Pelos que espero sem recato
Em que quero me afundar, paixão.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Queira

Quero alguém pra mexer nos meus livros, bagunçar minhas gavetas, chacoalhar minha vida.

Alguém que encante meus dias, que me tenha como seu encanto, igualmente.

Quero alguém que respire meus cheiros. Sinta meus medos. Venha comigo. Juntos.

Alguém que destampe meus poros, que me tampe de novo. Alguém que me encha de espaço.

Quem aprecie meus mitos. Minhas histórias inventadas pra justificar. Tudo.

Quero alguém pra dividir meu casaco. Pra dormir comigo os dias. Sonho.

Alguém que carregue as angústias, leve embora os temores. Desanuvie.

Quem não se importe com a louça. Viva aos pedaços, momentos.

Quero alguém pra fazer cafuné. Que me diga as coisas boas da vida.

Alguém que pertença a si mesma, sem me dominar.

Quero alguém que queira.

O que quero também

sábado, 12 de fevereiro de 2011

DesNovelo


Desejo, esvoaçante, o seu cabelo
aqui, de longe, sentado, a vê-lo.
Não posso me conter e peço ao vento:
me ponha em sua mesa num momento.

Quero desenrolar o seu novelo
porque, de longe, faz pirar meu pelo.
Se não suceder ao meu intento
posso lhe dizer que me arreBento

de desejo, por querer lhe conhecer
e, de longe, não posso me conter.
Sua saída me deixaria à deriva.

Acaso me traga instantes de prazer
deixo a tinta desta pena sem tecer
as lembranças esquecidas, minha Diva.


domingo, 9 de janeiro de 2011

Olhos, Pôr do Sol


O seu peito, ardiloso,   prontifica
a arder em minha boca desejosa.
Como o fogo escaldante da cuíca
esbraseia, na sua perna, minha prosa.

Ao retumbar as nádegas da África,
 o seu ventre treme em polvorosa,
Preenche-se no ímpeto desta pica.
Causa-me delírios. Você goza!

Depois do dia pleno de calor,
esgueira-se, nos prédios, a se por
como guia um navio, o farol.

Em sua face, derramam, com ardor,
os meus anseios cheios de fulgor
jacentez nos seus olhos, Pôr do Sol.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

FODA!



O seu pisar
é ímpar.
Seus calcanhares,
pazes.
As suas pernas,
ternas.
A sua coxa,
poxa!
A sua anca
espanca.
A sua bunda
abunda.
As suas costas,
postas.
Os seus seios
cheios.
O seu pescoço
eu coço.
A sua boca,
almoço.
Os seus cabelos:
lê-los.
O seu carinho,
ninho.
O seu sorriso,
piso.
Os seus olhares,
lares
e você toda
é FODA!

quarta-feira, 21 de março de 2007

Contígua

Eu queria ter tido aquela noite
contigo,
mas nós vacilamos ao sairmos
do bar
Eu sei que faria um desgosto
a um amigo,
mas nos daria um prazer
descabido
se nos fizesse
gozar
sem parar
As pornografias que trocamos
no ouvido
nos realizariam num só farto
estalar
Eu tô na vontade de correr
perigo
E te fazer delirar,
devagar.