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INQUIETO
"Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)
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sexta-feira, 5 de setembro de 2014
BRAVO
Desce a água de um Rio fugidio
de encontro ao Mar
Cantam Aves seus piares e arrepio
sem saber cantar
Correm, entre as Folhas, Alevinos
Pairam Pedras sobre o leito
Troncos finos às espreitar
Carangueijos nutrem a terra pequeninos
sob a sombra da folhagem seca
Tecem teias, as Aranhas, por famintas
e os Insetos têm de escapar
Entre as ondas, surfam Peixes graudinhos
sem prancha para os levar
As Gaivotas sobrevoam um Cardume
vez em quando furam o Mar
O Pato d'água nada e afunda
para alimentar
Observam, os Urubus, em alto vôo
ventam-se atoa
Lá ao fundo, há um burburinho
que se move na harmonia de Golfinho
Atrás das Sardinhas
tantas são, tadinhas
Lá na Ilha, outra vida nos espera
mas a Selva assevera:
Deixe o Homem pra lá!
de encontro ao Mar
Cantam Aves seus piares e arrepio
sem saber cantar
Correm, entre as Folhas, Alevinos
Pairam Pedras sobre o leito
Troncos finos às espreitar
Carangueijos nutrem a terra pequeninos
sob a sombra da folhagem seca
Tecem teias, as Aranhas, por famintas
e os Insetos têm de escapar
Entre as ondas, surfam Peixes graudinhos
sem prancha para os levar
As Gaivotas sobrevoam um Cardume
vez em quando furam o Mar
O Pato d'água nada e afunda
para alimentar
Observam, os Urubus, em alto vôo
ventam-se atoa
Lá ao fundo, há um burburinho
que se move na harmonia de Golfinho
Atrás das Sardinhas
tantas são, tadinhas
Lá na Ilha, outra vida nos espera
mas a Selva assevera:
Deixe o Homem pra lá!
quarta-feira, 24 de julho de 2013
iaí
que tal
teu tempo
que tanto
tento
atravessar?
um tormento,
um tonto
intento
em te
trancar.
teus traços
traçam
instintos
e tragam
o éter
dos trópicos
em que teu
destino
entontecido
tenta me
atar.
teu tempo
que tanto
tento
atravessar?
um tormento,
um tonto
intento
em te
trancar.
teus traços
traçam
instintos
e tragam
o éter
dos trópicos
em que teu
destino
entontecido
tenta me
atar.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
aPáLavra
a palavra
repetida
muitas vezes
tem o seu
sentido
suprimido
suprimi
supre
a palavra
sem ser
dita
teme ter
a sua letra
esquecida
e qu ci a
q c a
repetida
muitas vezes
tem o seu
sentido
suprimido
suprimi
supre
a palavra
tem no seu
sentido
algo
por ter sido
repetiDA
repetIDA
repeTIDA
a palavra
sem ser
dita
teme ter
a sua letra
esquecida
e qu ci a
q c a
rePETida
a palavra
su.........
su.........
a palavra
a pa lavra
a pa la vra
a p a l a v r a
sábado, 4 de agosto de 2012
rebelde nATO
Minha rebeldia incorrigível
não se põe à mesa, por breaco.
Me faz enlutado como um vil
alarmista, por saber meu fraco.
O argumento de que a vida
vale a pena só pela corrida,
nada plena, tece enrascadas
nos buracos. Adotadas as toadas,
sua lida, derivada de invento,
torna as circunstâncias em tormento
e lhe amarga nas lamúrias do fracasso.
Por operetas pátrias em que me susTento,
nas sílabas que sibilo, o meu intento
é ATEAR as minhas chamas no Espaço.
domingo, 17 de junho de 2012
florista do abSURDO
Em uma moto, carente de cuiD.A.Do.s,
esfolam calos, por anos, propagados.
Esgueira o corpo em um rude corredor
e'squece o'fício em fúria e dor.
Se para, se prepara, já que os fardos
transtornam os temor' estricnados.
Sujo sangue sug'a sina do calor,
assim, ass'o senso do seu dissabor.
Mal sab'os sonho' a si assenhorados
em sua sanh' assídua nos pecados.
Agora, eis que, só uma solitária FLOR
cabe à si dar os fins fantasiados.
Foi o seu amor, afim de seus agrados,
quem fez esmaecer os tons de toda DOR.
quarta-feira, 9 de março de 2011
enSIbilante
Vou me deixar levar
no ar, distante do meu lar.
Vou me deixar dar vazão
e vazo à vista da evasão.
São vastas suas vestes
para enviesar as pestes
sabidas de seus brios
Em sibilantes secos rios.
Vou acompanhar faisões
feridos em francas ilusões,
manchadas em chuva vã.
Molha os meus sermões
para introjetar razões
nas veias do amanhã.
sábado, 4 de setembro de 2010
bestia cupidissima*
![]() |
twanight.org |
O temPO é escasSO e o espaço, amplo.
O prAzo é lAço e enganCha o pampo**.
o bERRO é surdo sem algum alcance
para que o ouvido mudo do UniVerso dance.
GalanTeia a nebulosa em destTino infante,
ela traz, ao eterNO, um singuLar instante.
Cada transição TRAÇAda para que avance
é passo D.A.Do. em falso à fortuito lance.
aFerir ferIdas de um pleno plAno
levará o homem ao estado insano:
a narcose de saber um objeto nulo.
Na movimentação esTática, no engano,
toda TeoRia traz, na cura, um dano
enTOAdo na gargAnta que, porTanto, engulo.
* bestia cupidissima rerum novarum - animal ansiosíssimo por coisas novas.
**Pampo - rebento tardio de cana de açucar: pampos de cana caiana (Dicionário UNESP do Português contemporâneo)
- Princípio poético da Teoria da Nulidade Teórica Ampla.
- Princípio poético da Teoria da Nulidade Teórica Ampla.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Rosa Viva
Poesia e foto de Juliana Biscalquin - http://www.20bonsepoucosanos.blogspot.com/
Vou deixar aroma até nos meus espinhos, rosa que sou...
Que o vento vá falando de mim, posto que é leve.
Quero perder-me para que não se esqueçam de mim
e viver intensa, mesmo que breve.
Vou desfolhar-me para não ter fim.
Pétala e pétala, por pétala que dance.
Sorrio leve para guerras em mim.
Prossigo mito, ainda que canse
Levo comigo ardor e procura,
altar e prece que me revele.
canto que nina, dor que me cura.
Excedo vida que sempre segue...
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Poeira estrelar
Você pensa como se todos girassem ao seu redor. Pensa ser o sol que esconde a obscuridade de seus seguidores. Você regula o movimento de rotação de suas amizades. Limita as intransigências peculiares de seus amigos-satélites. Saiba, que, apesar de minha ignorância inerente ao meu estado humano, me localizo perante o Universo. Definitivamente, você não é meu Norte.
Pode se aproveitar de minha inconstante benevolência. Contudo, ressalto meus interesses e a necessidade de conhecer o ambiente, inclusive dos astros-vaidoSoS.
Esse seu egocentrismo é, certamente, seu maior erro. quando toda sua áurea incandescente se esvair, sua beleza arregar, achará o que lhe cabe nesse latifúndio. O efeito narcotizante de sua vaidade não dura mais que as necessidades críticas de seus servos. Sofrerá ao se ver esparsa na imensidão e tiver a obrigação de girar em torno de um ente maior que lhe assegurará a permanência em outro sistema solar.
E o sofrimento lhe será mais útil que todo o charlatanismo auto-propagador assumido por você.
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