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INQUIETO
"Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)
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segunda-feira, 13 de outubro de 2014
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
iLuSão
Nem te conheço,
mas já te sinto nas mãos.
Não sei tua feição,
mas te suponho no sonho.
Eu não sei quem tu és,
mas te tenho
___________ILUSÃO...
Nem sei o teu nome,
mas já te dou apelidos.
Não sei o que pensas,
mas te imagino poemas.
Eu não escuto tua voz,
mas silencio os
_____________SUSSURROS.
Nem sei onde vives,
mas já te trago adereços.
Não conheço tua rua,
mas já transito teu seio.
Eu não vejo teu quarto,
mas teu lençol,
_____________INCENDEIO!
sexta-feira, 23 de maio de 2014
És Tudo
Tem mais cuidado consigo
por apostar no destino,
pois sobrevive ao perigo
tão grande, por ser pequenino.
Controla o passo e o caminho,
contorna o andor e, cedinho,
levanta o ânimo e seu tino
alarga o que, ainda, for fino.
Não rói mais sua unha,
convence a pedra a virar pluma.
Denomina o seu dono!
Corre por seu propósito
e por estar tão disposto
faz na vida o que faz no sono.
segunda-feira, 10 de março de 2014
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
biSonho
um homem metido às soluções
há de enrolar-se em seduções
sensíveis ao seu nutrido sonho.
sua ilusão torna-se confusa
ao ver-se dentro de sua blusa
tão só mais um ser bisonho.
tão só mais um ser bisonho.
assim, a dor o assola, lancinante,
pois, passa a ignorar, doravante,
o que tornara esse mundo enfadonho.
terça-feira, 17 de julho de 2012
terça-feira, 13 de julho de 2010
ÍNDIOssynkrasía
num ímpeto extracutâneo,
que a tripa toda extravasa.
Perdem-se todos os totens da casa.
Temido tiro em titânio
trespassa o espaço espontâneo.
Impetra-se o pombo sem asa
em órbita de nave da Nasa.
De súbito, um subterrâneo
intenta trajar-se de urânio
e troça do que lhe atrasa.
Num giro, verte-se vulcâneo
em retrocesso extemporâneo
e irrompe-se da aeropausa.
domingo, 3 de agosto de 2008
Fascínio
O seu jeito de falar me encanta
dá descanso longo à minha garganta.
Os meus olhos bailam em sua saia
e não ousam avistar as suas falhas.
Sua ousadia me paralisa
e o piloto automático me mobiliza,
isso contraria a natureza
de ser a dialética minha proeza.
Me leve contigo pro seu lar,
pois, quando do seu lado me fixar,
voltarei a expor meu raciocínio.
Não terei vergonha de anunciar
minha vontade de ser seu par
pra lhe dar muito mais que meu fascínio.
dá descanso longo à minha garganta.
Os meus olhos bailam em sua saia
e não ousam avistar as suas falhas.
Sua ousadia me paralisa
e o piloto automático me mobiliza,
isso contraria a natureza
de ser a dialética minha proeza.
Me leve contigo pro seu lar,
pois, quando do seu lado me fixar,
voltarei a expor meu raciocínio.
Não terei vergonha de anunciar
minha vontade de ser seu par
pra lhe dar muito mais que meu fascínio.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Queda Ocular
Quando cheguei no solo extasiado,
mirei o teu semblante logo ao lado.
Só de te ver acelerei as sensações
dentro de mim em grandes proporções.
Vou mergulhar de ponta no teu cristalino,
entrar em queda livre no teu desatino.
O brilho dos teus olhos é a minha sina,
parece engolir meu mundo com a retina.
A tua íris é o meu céu encantador
e a tua pupila dilatada oprime a dor
que eu sentiria sem viver estes momentos.
Abrirei meu paraquedas no teu peito
pra me dissolver em ti, ser rarefeito
e poder voar, tranquilo, em teus inVentos.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Mulher de Minutos
Poesia de Monica Montone
Não sou mulher de minutos
Daquelas que os segundos varrem
Para debaixo do tapete sujo
Não pinto os cabelos de fogo
Nem faço tatuagem no umbigo
Me recuso a usar corpetes e cinta-liga
Há sementes em meu ventre
São palavras que ainda não reguei
Prefiro guardá-las em silêncio
Até que o tempo amadureça os meus minutos
E a vida me contemple com seus frutos
Eu não borro os meus cílios na solidão da noite
Nem pinto meu rosto com a palidez das manhãs
Meu corpo é feito de marés
Onde navegam mil anseios
Eles são como veleiros sem direção
Porque eu estou sempre na contra-mão.
Daquelas que os segundos varrem
Para debaixo do tapete sujo
Não pinto os cabelos de fogo
Nem faço tatuagem no umbigo
Me recuso a usar corpetes e cinta-liga
Há sementes em meu ventre
São palavras que ainda não reguei
Prefiro guardá-las em silêncio
Até que o tempo amadureça os meus minutos
E a vida me contemple com seus frutos
Eu não borro os meus cílios na solidão da noite
Nem pinto meu rosto com a palidez das manhãs
Meu corpo é feito de marés
Onde navegam mil anseios
Eles são como veleiros sem direção
Porque eu estou sempre na contra-mão.
domingo, 27 de janeiro de 2008
Irrenunciável
Poesia e foto de Raphael Alves
Se de pedras e asfalto ao avesso
fazem-se essas ruas vadias
É em nuviosa melodia
que ao canto desapareço
...
Pelo tempo, o nosso apreço
inda maior seria
Se no fim da ventania
soprasse o recomeço
...
Com punhado de terra e água
misturados sorriso e mágoa
fez-se história de raiz forte
...
Contada à nossa maneira
com rimas de vida inteira
e capítulos para além da morte
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
FODA!
O seu pisar
é ímpar.
Seus calcanhares,
pazes.
As suas pernas,
ternas.
A sua coxa,
poxa!
A sua anca
espanca.
A sua bunda
abunda.
As suas costas,
postas.
Os seus seios
cheios.
O seu pescoço
eu coço.
A sua boca,
almoço.
Os seus cabelos:
lê-los.
O seu carinho,
ninho.
O seu sorriso,
piso.
Os seus olhares,
lares
e você toda
é FODA!
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Fortaleza
Em um encontro inesperado no busão
foi que aconteceu, talvez, a solução.
Pena estar, em sua Fortaleza, ancorada
e eu, perdido, numa vida abandonada.
A sonegação feita no seu beijo
é, mesmo, a resposta que almejo
de uma mulher instigante no acento
que faz de minhas palavras, vento.
Só não faça desgastar meu repertório
e mê de algo mais que terno e irrisório,
pois, quero lhe ter, seja quando for.
Posso amargar a sua ausência
se estiver certo da anuência
em poder ver, sempre, a sua cor.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Sinapses Relapsas
Ao permanecer o provisório.
Improviso ao irrisório.
Minhas sinapses relapsas.
São lapsos de aspas.
Assobio o sabe-se lá.
Sabido ressabiado.
Subo sobre a sílaba,
embebido no esnobado
Excluído da centrífuga,
movimento do momento,
na favela o Rap é fuga
pra causar constrangimento.
Não há cimento,
apenas intento no acento.
Quando perdem crescem mais.
Assintótico aos demais.
Improviso ao irrisório.
Minhas sinapses relapsas.
São lapsos de aspas.
Assobio o sabe-se lá.
Sabido ressabiado.
Subo sobre a sílaba,
embebido no esnobado
Excluído da centrífuga,
movimento do momento,
na favela o Rap é fuga
pra causar constrangimento.
Não há cimento,
apenas intento no acento.
Quando perdem crescem mais.
Assintótico aos demais.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Completo Desconhecido
Por um tempo,
pouco tempo,
você vem indiferente,
com ares de distância e
com olhares de desejo arrogante
de quem nada alcança.
você vem indiferente,
com ares de distância e
com olhares de desejo arrogante
de quem nada alcança.
Com a frieza de um homem pedante
que vive na ilusão, de quarto em quarto buscando
a satisfação inquietante, vazia... iludido,
que vive na ilusão, de quarto em quarto buscando
a satisfação inquietante, vazia... iludido,
de nada...
Talvez de olhares falsos insinuantes diante...
De cada mundo escondido
por trás de cada rosto banido
De cada mundo escondido
por trás de cada rosto banido
Por camadas de vidro,
que te mostram um caminho,
talvez escolhido, talvez encoberto.
Pelo medo do próximo passo
sozinho.
Um completo desconhecido...
Jogado do sonho
Um completo desconhecido...
Jogado do sonho
sofrido.
Pela tristeza do agora não vivido
e do amanhã já passado
remoto...
Mais uma vez iludido, engolido pelo ego,
envelhecido de possibilidades passadas,
ultrapassadas, ultrajadas...
Ferido.
De novo e ainda o desconhecido.
Continua na luz baixa do quarto,também,
Continua na luz baixa do quarto,também,
esquecido.
Alguém que clama pelo próximo
pedido, embaçado, indeciso,
sozinho...
Com a imensidão aos pés,
mas com o domínio impedido...
Trancado...
Encravado nos próprios sentidos
não sentidos.
Armado de tempo passado parado,
Armado de tempo passado parado,
agora fechado.
Lacrado.
Impenetrável.
Inexistente.
Insaciável.
Apagado.
Inexistente.
Insaciável.
Apagado.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
A beleza está
Algumas vezes, a beleza está
na miopia dos nossos olhos,
no grau alcólico do sangue,
ou na satisfação com a vida.
E, muitas vezes, a feiura está
no senso crítico aguçado,
na tristeza de um endiabrado,
e no ardor obrigatório da lida.
O Belo e o Feio estão na percepção
e,não, em sua concretude física.
Prova disso é o amor e a paixão!
Os sentimentos nascem com a música
e trazem alento ao feio que a compaixão
o transformará em belo numa mente lúdica.
*a doçura do ácido perpassa a materialidade do olfato
domingo, 2 de dezembro de 2007
Estatutos do olhar
Poesia e foto de Raphael Alves
Artigo I
Fica estabelecida como identidade do ser humano não mais sua impressão digital e sua assinatura, mas seu olhar.
Artigo II
Fica decretado que o olhar é bem individual, tal como suas inúmeras interpretações. E é dever de todos respeitar a visão de mundo do próximo
Artigo III
Fica decretado que a beleza está para o olhar como este, por sua vez, está para a alma e que esta aliança entre os três é indissolúvel.
Artigo IV
Fica decretado que é irrevogável, inalienável e irrenunciável o direito de cada um emocionar-se diante das belezas da vida.
Artigo V
Fica proibido o condicionamento do olhar apenas para o mal, tal como qualquer expressão ou indício de indiferença no semblante diante da humilhação e exclusão alheias.
Parágrafo único
O olhar humano passa a ser livre como os olhos do condor que passeia sobre os Andes.
Artigo VI
Fica decretado que a verdade deixa, a partir de agora, de ser uma palavra para tornar-se a característica de cada olhar.
Parágrafo único
Cada dia passa a ser o Dia Oficial do “Olhar Com Bons Olhos”.
Artigo VII
Fica estabelecido que as lágrimas serão o único remédio do olhar sincero para a alma ferida.
Artigo VIII
Ficam estabelecidas como primeira e derradeira comunicações o olhar direcionado a outro.
Parágrafo Único
As palavras tornam-se meras coadjuvantes na comunicação diante da importância do olhar nos olhos.
Artigo IX
Fica estabelecido que a alma será o guia daqueles que, por decisão divina, nasceram sem ou perderam o dom da visão.
Artigo X
Passam a ser as Sete Maravilhas do Mundo:
a) O primeiro abrir de olhos do recém-nascido;
b) O olhar da mãe que amamenta o filho;
c) O olhar do pai que recebe o filho pela primeira vez no colo;
d) O olhar sábio dos idosos;
e) O olhar confortante da amizade;
f) O olhar da criança diante do brinquedo inesperado;
g) O olhar dos casais apaixonados.
E passa, também, a ser dever de todos contemplar, praticar e cultivar esses bens.
Artigo XI
Fica estabelecida a pureza do olhar como a suprema lei: a partir de agora, todos devem alinhar olhos e alma para contemplar o mundo, desbravando-o e redescobrindo-o com o deslumbramento dos olhos de uma eterna criança.
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Helô do Elo
Olha Helô do elo:
do outro lado do duelo
devo que me devore
Sim!
Escreva uma árvore!
Dá pra vê-la depravada
mesmo ao estar desesperada.
Sem empecilho no gatilho.
Sim!
Plante um filho!
Serve o acervo de cevada.
És diva evadida enviesada.
Ao ser sincera, sou missivo.
Sim!
Tenha um livro!
Se a ti não verso,
ninguém versa.
Não fico apenas imerso
num belo par de conversa.
do outro lado do duelo
devo que me devore
Sim!
Escreva uma árvore!
Dá pra vê-la depravada
mesmo ao estar desesperada.
Sem empecilho no gatilho.
Sim!
Plante um filho!
Serve o acervo de cevada.
És diva evadida enviesada.
Ao ser sincera, sou missivo.
Sim!
Tenha um livro!
Se a ti não verso,
ninguém versa.
Não fico apenas imerso
num belo par de conversa.
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