O trabalho na redação causa estranha reação nessas pessoas que convivem todo dia. O contato constante da rotina grava forte na retina as impressões do cotidiano.
Imagino como deve ser por anos em profusa relação. Se a curiosidade se propaga, torna-se amarga em alguma situação. As amizades amenizam o clima de confusão. E as ajudas que recebo em tempo trazem o alento de querer ficar. Para escrever o que for que eu ver. E, assim, daremos um jeito de dizer direito o que a um sujeito pode interessar. É o seu direito de escutar.
Há quem não consiga se adaptar, pois, há uma certa tensão no ar. Mas parece bom ter de agir no tom para estabilzar. E a união é que torna então tudo em bem-estar.
Ser repórter é não ter um norte em que acreditar. É preciso pensar, a cada dia, em um fato novo ao seu paladar. Eu não diria que faria, um dia, algo pra mudar. Por isso, temos que um tema tosco possa me barrar.
Todas as relações constantes são de incomodar. E mesmo assim, achamos os ditames pra conciliar. Esse trabalho é um jogo ágil de fazer pensar. Torne o desejo sua forma de mudar.
E o desejo é só um pretexto para ter o texto no lugar.
Páginas
INQUIETO
"Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
Tudo pode SER
Tudo que quiser fazer,
tudo que um homem faz,
você pode repetir em paz.
Tudo pode Ser!
Tudo pode permanecer,
até que entre em cartaz.
se disso você for capaz,
tudo pode acontecer.
Porque não tenta repetir,
o que os teu braços temem fazer?
Se treinar vai dissuadir,
tudo pode Ser!
tudo que um homem faz,
você pode repetir em paz.
Tudo pode Ser!
Tudo pode permanecer,
até que entre em cartaz.
se disso você for capaz,
tudo pode acontecer.
Porque não tenta repetir,
o que os teu braços temem fazer?
Se treinar vai dissuadir,
tudo pode Ser!
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
Olha o só
Passei um tempo pensando
em como te convencer do contrário.
Mas sei que as vezes
minha decepção me torna meio otário.
Assumo que sou extremamente sentimental
e que, às vezes, passo do exagero total.
Mas quero te dizer
um tanto de coisas que estão
na minha mente um tanto
difusas, pois não consigo entender
difusas, pois não consigo entender
o que te fez esquecer uns tantos bons
momentos de sintonia
momentos de sintonia
e desistir no meio desta sinfonia.
Queria cuidar de você, estar ao seu lado e
te apoiar em suas vontades.
Queria cuidar de você, estar ao seu lado e
te apoiar em suas vontades.
Acho que sairíamos melhor do que esperávamos.
Entendo sua confusão,
que fez despistar nossa fusão,
mas saiba que quero fazer o quê
puder para que veja,
puder para que veja,
quando der,
que sou sua melhor solução.
Não entendo essa sua decisão,
sorrateira,
que em um instante,
soou como rasteira
e me derrubou das minhas ilusões.
Há soluções?
Gosto demais de seu filho
Gosto demais de seu filho
que sempre me faz entreter
e é o moleque que eu queria ter.
Mas se quiser posso te dar outros.
Isso é um pedido de reconciliação,
de reavaliação de sua postura para que entenda
minhas intenções de lhe fazer bem
em grandes porções.
Queria poder fantasiar com vc minha vida,
Queria poder fantasiar com vc minha vida,
te dizer sem travas na língua
te quero perto de mim.
Quero SIM.
Me fez perceber,
te fazendo perder,
eu quero você.
Desculpe o exagero dos meus sentimentos de menino,
Desculpe o exagero dos meus sentimentos de menino,
mas saiba que não os domino.
Era uma obra prima nosso encontro.
Era uma obra prima nosso encontro.
E não gostei nada desse ponto,
que espero, seja só ponto.
E não um ponto final.
Quero te reencontrar,
te fazer notar,
que meu carinho por ti é notável.
que meu carinho por ti é notável.
Quero saber se evitar falar comigo,
é um sinal de perigo e que devo me afastar...
Reescreva essa História
Estou me derretendo por você
Por que achei que daria certo,
Mas um raio me fez perceber
Que os meus dados estão incorretos
...........
Sentado sob o Grande Contador de Histórias,
Me deparei em mais um entreato da minha
Que fez de todas as minhas vitórias
O mais tolo conto da carochinha
...........
Não deixe este Épico se transformar em drama
De um peito profundo que te ama
Em todos os pontos das entranhas
.............
Deite de novo ao meu lado nesta cama
E reescreva em meus sonhos esta trama
Pra ser de novo a musa que me assanha
................................
Meu amor,
Reescreva essa História
Estou me derretendo por você
Por que achei que daria certo,
Mas um raio me fez perceber
Que os meus dados estão incorretos
...........
Sentado sob o Grande Contador de Histórias,
Me deparei em mais um entreato da minha
Que fez de todas as minhas vitórias
O mais tolo conto da carochinha
...........
Não deixe este Épico se transformar em drama
De um peito profundo que te ama
Em todos os pontos das entranhas
.............
Deite de novo ao meu lado nesta cama
E reescreva em meus sonhos esta trama
Pra ser de novo a musa que me assanha
................................
Meu amor,
se estiver enjoada
de tanto sentimentalismo,
me peça pra parar,
me peça pra parar,
pra desencanar de vez.
Por favor,
minha flor.
Amor à Margarida
Não sabia seu nome
Mas era o que parecia
Às vezes, me vem à cuca e some
E um broto a mais falecia
............
Era a planta predileta da perua
De fato suas cores combinavam
E fundiam em sua intercultura
Que era mais doce do que ostentavam
.........
Era traidora em suas cores vivas
Que de tão bela ficava lasciva
Pois, em dois dias terei de enterrá-la
..........
Já não admiro o que me reverbera
Já não dá vontade de empalhá-la
Já não rememoro o seu nome: Gérbera
........................
Vc sabe a fertilidade que tem
minha flor.
Amor à Margarida
Não sabia seu nome
Mas era o que parecia
Às vezes, me vem à cuca e some
E um broto a mais falecia
............
Era a planta predileta da perua
De fato suas cores combinavam
E fundiam em sua intercultura
Que era mais doce do que ostentavam
.........
Era traidora em suas cores vivas
Que de tão bela ficava lasciva
Pois, em dois dias terei de enterrá-la
..........
Já não admiro o que me reverbera
Já não dá vontade de empalhá-la
Já não rememoro o seu nome: Gérbera
........................
Vc sabe a fertilidade que tem
essa mente inquieta,
que quando se aquieta,
é por não saber responder
o que vem a acontecer.
Adorava fantasiar com vc
os meus delírios.
Mas, a história que me parecia colírio
era a de uma mulher selvagem,
era a de uma mulher selvagem,
que no fim não demonstrou coragem
de fugir de suas amarras,
de mostrar suas garras.
Queria ter a solução mágica,
Queria ter a solução mágica,
que fizesse minha perda
menos trágica,
menos trágica,
mas não a tenho.
Espero que deixe de me deixar. Olhe pra si e
reconquiste o seu lugar.
reconquiste o seu lugar.
Por mais que não consiga te fazer ver,
quero demais te agradecer
por me fazer um homem melhor
e é só.
Para te ter
Me esforcei para,
dentre todas as sinapses
achar, de súbito,
a melhor solução
Desta cabeça que ferve
Em colapso
Para te ter na minha revolução
.........
Procuro te fazer reagir
E com isso,
Terá de existir
De novo em ti
Razão pra lutar
..........
Vou te buscar
Da sua vida cômoda
E te levar pra Andrômeda
Pra te causar confusão
Pro cê achar sua razão
E entrar
Pra minha revolução
Para te ter
Me esforcei para,
dentre todas as sinapses
achar, de súbito,
a melhor solução
Desta cabeça que ferve
Em colapso
Para te ter na minha revolução
.........
Procuro te fazer reagir
E com isso,
Terá de existir
De novo em ti
Razão pra lutar
..........
Vou te buscar
Da sua vida cômoda
E te levar pra Andrômeda
Pra te causar confusão
Pro cê achar sua razão
E entrar
Pra minha revolução
segunda-feira, 29 de janeiro de 2007
Amor preciso
Eu preciso de amor
eu preciso de carinho
eu preciso de você do meu ladinho
Eu quero te dizer
que o EU em minha boca
é você que vai fazer
è você que a deixa louca
E que não SOU sem você
que sem você já me fui
Vem me fazer perecer
Eu sou o que me atribui
Eu preciso de amor
Eu preciso de carinho
eu preciso de você do meu ladinho
Eu procuro você, meu amor
e sua ausência traz dor
aos meus sentimentos rachados
que buscam ser encontrados
Preciso do seu amor
Preciso do seu carinho
Preciso você do ladinho
terça-feira, 23 de janeiro de 2007
ParaLamentares do Sucesso
Vossa Excrescência, peço-lhe a palavra
para expressar, nesse recinto, uma petição:
vamos estimar a extinção das larvas
que se movem ferozmente na corrupção
nosso povo, infiel, a que represento,
mudou, de novo, sua posição
agora, querem lhe fazer presunto
uma carne de sucesso na alimentação
estão, todos, gastos de seus parasitas,
sanguessugas que lhes secaram a veia.
Querem devorá-los com batatas fritas
e matar quem não lhes presenteia.
para expressar, nesse recinto, uma petição:
vamos estimar a extinção das larvas
que se movem ferozmente na corrupção
nosso povo, infiel, a que represento,
mudou, de novo, sua posição
agora, querem lhe fazer presunto
uma carne de sucesso na alimentação
estão, todos, gastos de seus parasitas,
sanguessugas que lhes secaram a veia.
Querem devorá-los com batatas fritas
e matar quem não lhes presenteia.
quinta-feira, 11 de janeiro de 2007
Ferrugem
Salpicaram um tempero especial,
Era um dia claro na Central.
E eu era claro em sua clareza
e a fiz inteira em minha beleza.
Não havia fardas em suas sardas,
que retiraram as emoções amargas.
Você foi o meu melhor gosto, mosto
mesmo que dissesse o oposto.
Tenho certeza do que você dizia
com seus olhares em demasia.
E os seus sorrisos me confirmaram
as intenções que as frases negaram.
Minha pimenta se dissolveu assim
e tenho de buscar no Piauí,
para poder a reencontrar
e os meus gostos poder resgatar.
Era um dia claro na Central.
E eu era claro em sua clareza
e a fiz inteira em minha beleza.
Não havia fardas em suas sardas,
que retiraram as emoções amargas.
Você foi o meu melhor gosto, mosto
mesmo que dissesse o oposto.
Tenho certeza do que você dizia
com seus olhares em demasia.
E os seus sorrisos me confirmaram
as intenções que as frases negaram.
Minha pimenta se dissolveu assim
e tenho de buscar no Piauí,
para poder a reencontrar
e os meus gostos poder resgatar.
Isadora das Dores
Adoro domar suas dores
e esfriar seus calores,
pois, penso em horrores
quando não vejo suas cores
Mostre-me suas cores
Isadora das Dores
Deixa dorar sua luz
Ela me adora e conduz
Quero poder lhe encontrar,
nos sonhos, em qualquer lugar,
pois, algo há de perpetuar
Mesmo longe de perpétuo
assinarei um decreto
para poder lhe adorar.
e esfriar seus calores,
pois, penso em horrores
quando não vejo suas cores
Mostre-me suas cores
Isadora das Dores
Deixa dorar sua luz
Ela me adora e conduz
Quero poder lhe encontrar,
nos sonhos, em qualquer lugar,
pois, algo há de perpetuar
Mesmo longe de perpétuo
assinarei um decreto
para poder lhe adorar.
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
Vila Violada
Era uma vila muito engraçada,
não tinha esgoto, não tinha água
Ninguém podia se comunicar,
Porque internet não tinha lá.
Todos ardiam em suas contas,
mas não teriam ao final das pontas
infra-estrutura pra sobreviver
nem um livro massa pra poder ler
As suas calçadas, esburacadas
não os deixavam parar na estrada
Se poluiram com um palavrão
e enterraram a interação
E essa Vila não tem cultura,
identidade em suas ranhuras.
Mas quem visita quer entender
como é que pode permanecer.
não tinha esgoto, não tinha água
Ninguém podia se comunicar,
Porque internet não tinha lá.
Todos ardiam em suas contas,
mas não teriam ao final das pontas
infra-estrutura pra sobreviver
nem um livro massa pra poder ler
As suas calçadas, esburacadas
não os deixavam parar na estrada
Se poluiram com um palavrão
e enterraram a interação
E essa Vila não tem cultura,
identidade em suas ranhuras.
Mas quem visita quer entender
como é que pode permanecer.
terça-feira, 5 de dezembro de 2006
Reluzia (O Sombrio e o Brilho)
Só eram sombras quando surgia
Sorvia os feixes da serventia
Se não houvesse, se dava o eclipse
Sua ausência soava a apocalipse
Só eram sombras quando surgia
Vinha a Lúcia e a luz vinha
Ia a Lúcia e a luz ia
Assim que incidia sua postura
De satélite atônito em sua tontura
Refletia um flerte que flutua
E a sombra inerte tornava-se tua
Só eram sombras sem energia
E de importância as preenchia
Ao despontar sua sinergia
E colidir com o meio-dia
Só eram sombras e surgia
Vinha a Lúcia e a luz vinha
Ia a Lúcia
E não mais reluzia
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
Quebra-Concerto
O questionário constante
De seguir para o lado certo
O errado delirante
Quando eu só queria ir reto.
Donde surgiu tal invenção
Que desvirtua a realidade
Efeitos da criação
Com os sintomas da dubialidade.
Como podem inventar o certo
E me obrigarem a prosseguir
Talvez nem chegue perto
Por não querer admitir
Com a questão em entreaberto
Qual seja o canto entoado
O errado eu não conserto
O certo já ta enterrado.
quarta-feira, 22 de novembro de 2006
Arsênico – grande palco
Moreno Bastos
[aurora sagaz]
{coro}E esse medo constante de ser
E essa guerra a®mada de ter
E essa sina cansada de ver
E esse espelho chamado poder
[morro]
{narrador}Ele não tem a resposta a saber
[porta]
{fulano} Ele é só um funcionário, um peão da armação.
Um artista barulhento embaralha a razão.
{beltrana} O faz de conta é lá fora; não esqueçam a piedade,
aqui dentro todos são, em princípio, unidade. Já no chão,
eu não sei não, vai no rastro da maldade, a utopia é logo ali,
chamam lá de liberdade.
[abismo]
{sicrana} Ascender o delirante, o desenredo da história.
Vejo no meu semelhante, o desapego pela glória.
O que importa é o fascinante, o destempero ruminante dos
distintos re(i)lutantes nos castelos da demora.
[pedras]
{coro} E esse ter constante de guerra
E esse ser a®mado de medo
E esse poder cansado de espelho
E esse ver chamado de sina
[reticências]
{legendas}Não é o fim, nem é doutrina,
continua mais pra frente, já na próxima esquina...
[aurora sagaz]
{coro}E esse medo constante de ser
E essa guerra a®mada de ter
E essa sina cansada de ver
E esse espelho chamado poder
[morro]
{narrador}Ele não tem a resposta a saber
[porta]
{fulano} Ele é só um funcionário, um peão da armação.
Um artista barulhento embaralha a razão.
{beltrana} O faz de conta é lá fora; não esqueçam a piedade,
aqui dentro todos são, em princípio, unidade. Já no chão,
eu não sei não, vai no rastro da maldade, a utopia é logo ali,
chamam lá de liberdade.
[abismo]
{sicrana} Ascender o delirante, o desenredo da história.
Vejo no meu semelhante, o desapego pela glória.
O que importa é o fascinante, o destempero ruminante dos
distintos re(i)lutantes nos castelos da demora.
[pedras]
{coro} E esse ter constante de guerra
E esse ser a®mado de medo
E esse poder cansado de espelho
E esse ver chamado de sina
[reticências]
{legendas}Não é o fim, nem é doutrina,
continua mais pra frente, já na próxima esquina...
terça-feira, 21 de novembro de 2006
Contrarrio
Não acha estranho?
Estar sempre antenado
Sem saber o que ganho
Por repetir o passado
Como posso aglutinar
Idéia tão complicada
Sem sequer questionar
Com a visão limitada.
Por isso, contrario e rio
Quando não provam a favor.
Para as respostas que crio
A contraprova é o torpor.
Do atributo não fujo
O fardo de nascença
Ou viro um caramujo,
Ou mantenho a sobrevivência.
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