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INQUIETO

"Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

aRT.i.CuLaDo


Saber lidar com suas ligações
e articulá-las em suas funções
é a estratégia a se entreter
pra sentir o gosto de poder.

Equilibre, em si, as situações
que imprimem pilhas de pressões.
Distribua relativamente os seus esforços
para dominar seus osssos.

Em pé, poderá permanecer
nesse eterno enrijecer
de nos manter espertos.

Se vacilar ao se recolher,
não terá tempo de esmaecer
ante a virar recheio num espeto.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

EnTimesmado


Você se esconde nos seus lapsos vocais,
você me prende cada dia um pouco mais.
Eu faço tudo que eu puder para trazer
mais para perto o meu desejo de você.

Os seus vacilos não me trazem grilos
as minhas idéias não têm sigilo.
As suas arguras são fáceis de esquecer.
não pense nunca em me arrefecer.

Sua vontade tem asas largas
pode planar macias as suas sagas
atrás de mais um naco de esperança.

Lhe enlaço em face ao que faço, fácil:
fazer você sorrir é o meu prazer dócil.
Com você, posso bailar em toda dança.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Dapávirada


Tem que fazer virar,
tem que fazer acontecer,
tem que valer a pena.

Você tem que tentar,
provar que pode ser
que a sua alma não é pequena.

Tem de desenrolar
para poder passar.
Vai se envolver nesses problemas.

Só vai se segurar,
se essa maré baixar,
se resolver os seus dilemas.

Eu sonho no luar
em lhe pegar no ar
para provar da sua gema.

Se cê me acompanhar
ninguém vai segurar
pra nossa ação não há algema.

Quando quiser ligar
aqui eu vou estar
E vamos juntos neste esquema.

É assim que vai ficar
nós dois a emparelhar
pra dar um jeito em nossa cena.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Crisado


Quando, às vezes, essa onda me engole
fico um tempo afogado, eu fico mole.
Mas, se passa, em um estante resplandece
os desejos gloriosos da minha prece.

Olha só, tudo muda muitas vezes.
Sua vida ainda terá muitos revezes.
Ser você é navegar nessa tormenta,
não ter medo de buscar o que intenta.

Só não ceda às pressões das correntezas,
que o levam leviano em incertezas
por onde nunca ousaria navegar.

Nade intempestivamente neste oceano
e, ao se sustentar neste auto-engano,
na crista dessas ondas poderá surfar.

sábado, 17 de maio de 2008

Vulcão Vitorioso


Essa lava que irrompe do meu peito
surgiu de um jeito misterioso.
Aguardava, há um tempo, nesta terra
Para mudar e animar o povo.

Poços de Caldas é minha paixão
É o meu time glorioso!
Em qualquer campo surge um Vulcão.
Vitorioso! Vitorioso!

Equipe unida, a melhor das montanhas,
no Sul de Minas derrama suas entranhas.
Nas praças, Thermas e Palace Cassino
seu futebol é declamado em hino.

A raça, força e determinação
são os motores desta nação.
Fazem o Poços Futebol Clube
avançar para ser o campeão!

Poços de Caldas é minha paixão
É o meu time glorioso!
Em qualquer campo surge um Vulcão.
Vitorioso! Vitorioso!

Nossas águas sulfurosas já diziam
e os minérios deste solo prediziam
as riquezas que este time vai trazer
para Poços sempre engrandecer.

Poços de Caldas é minha paixão
É o meu time glorioso!
Em qualquer campo surge um Vulcão.
Vitorioso! Vitorioso!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Ladrão de emoção

Roubei tuas lágrimas
E fiz delas minhas
Roubei teu sofrimento
E fiz dele cimento
Roubei tua tristeza
E fiz dela certeza
Roubei tua indecisão
E fiz dela cisão
Roubei teu amor
E fiz dele clamor
Roubei tua paixão
E fiz dela meu chão
Roubei tua alegria
E fiz dela alergia
Roubei tua energia
Roubei também teu sorriso
E fiz de improviso
Assim, minha sinergia

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Confesse

Vasos devassos
Recheios rasos

Curte o costume
Assunta e assume,
Sou vaga-lume

Não pisco
Não risco
Ar de arisco

Esquenta o esquecimento
Esquece o acento,
Sou lento

O estreito estremece
E tudo merece
Confesse!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Um cheiro

O seu cheiro impregnou em mim
todas as frases saem assim:
sem atingirem rumo algum,
como as palavras dignas de um bebum.
...
Mesmo sem tocar a sua pele
sinto seu corpo, sem que me rele
nennhuma parte sua, além das letras
as que encheram meu ar de tretas.
...
Pensando em você eu não escrevo
uma só frase com algum relevo
que possa, de um jeito, me explicar.
...
As minhas orações são desconexas
diante de suas expressões perplexas
que só confundem, ainda mais, meu conjungar.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Ao Léo


De madrugada,
por que você correu de mim?
Você que amarrou os meus EUs
meus Titos, Benes, Ivans.


A sua figura me assusta
por me fazer ver minha descrença
por aumentar as possibildiades
e impestiar minha letargia
por me causar inveja
por limitar meus olhos
por enchê-los de lágrimas
Por me fazer ver
um mundo por outro prisma

Me ajude a retornar ao meu tempo
ao seu, ao nosso tempo.
Torne-se minha Lúcia,
minha Lena, minha Bia
apague meu pedro interior
acenda meu Rui
não me ponha Pingos
seja minha Vânia
minha Raquel
me ajude a viver
ao Léo.

terça-feira, 4 de março de 2008

Pós-caldense



Seus morros me fazem planar.
Seu frio me faz esquentar
e sua beleza, não sei quê falar.

Sou seu, em quê distância viver.
é minha, mesmo quantos tiver.
Sou Caldas se você quiser.

Sua ordem me faz divulgar.
Seu progresso tem bom paladar
e suas ruas são boas de andar.

Cada praça uma linda mulher,
cada café me domina o saber
de estar em si seja onde estiver.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Queda Ocular

Quando cheguei no solo extasiado,
mirei o teu semblante logo ao lado.
Só de te ver acelerei as sensações
dentro de mim em grandes proporções.

Vou mergulhar de ponta no teu cristalino,
entrar em queda livre no teu desatino.
O brilho dos teus olhos é a minha sina,
parece engolir meu mundo com a retina.

A tua íris é o meu céu encantador
e a tua pupila dilatada oprime a dor
que eu sentiria sem viver estes momentos.

Abrirei meu paraquedas no teu peito
pra me dissolver em ti, ser rarefeito
e poder voar, tranquilo, em teus inVentos.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Contradito


Nada é como esperamos.
Ao pedir paz, brigamos.
Ao brigar, reconciliamos.
Ao querer comer, inflamos
e ao chorar, secamos.
Assim que somos, sumimos.
Se quisermos sumir, assumimos.
Ao se limpar, suínos.
Pra não acontecer
é só imaginar.
Se quiser lembrar, esqueço.
O que tem nos pés, cabeça.
O que tem nas mãos, engessa.
Para fugir sem pressa
pare de roer a mesa.
Para almoçar, a sobremesa.
Ao desconstruir, firmeza.
Ao pesar, leveza.
O reencontro é a arte do desencontro.
Para unir, desate.
Para respirar, enfarte.
Para calar, se parta.
Se quiser ficar, reparta.