O choque congestiona o fluxo sanguíneo.
A cabeça erguida entra em declínio.
As pernas tremem, não aguentam o peso.
O mundo desaba todo e o deixa preso.
Nos OlhOs, já se observa o desatino.
A face rubra paralisa sem destino.
A boca seca mostra-lo surpreso
e o ombro, de pronto, deixa de ser teso.
Escorre, pela cara, lágrima salgada
com o gosto, amargo, da mulher amada
e desce ríspida à travada glote.
Como um antídoto à honra humilhada,
retorna do estômago feita em cusparada
e o faz erguer em busca do que o esgote.