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INQUIETO

"Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)

sábado, 17 de outubro de 2009

ArreBenta


nade a onda
ainda que: 
no nó do nada
ande onde
ando, endo,

indo...
à dona da duna desnuda
de banda da bunda benta.

ArreBenta
o tombo bambo
dos bobos brancos.

A barba branca bacana
acaba bancando
os cabras macabros
nas brocas
e cobram abraços
nas sobras braçais.

Os brios dos brancos
não sobem descidas
sadias
nos dias
c
a
í
d
o
s.

BamBamBam
DinDinDin
DunDunDun

Encerra acenando
cilada ao sarro
rosado
s
a
i
n
d
o
açoitado
no laço acirrado
dos donos
dos sonhos
sensatos.

A tosse estimada
destoa a toada

ATOA

nas tuas
[caladas gargantas]

Nem come
Nem janta

Nem coca
Nem fanta

Só fuça o percalço
com pouco eficácia
das fases fincadas

Vaza zanzando
o nada em palavra
na lavra
do nada.

Acabado.



sábado, 29 de agosto de 2009

Revolver


Somos a dúvida irresolúvel,
enrolados nas perguntas intrigadas.
Encasqueto nas esquinas destas quadras
e quadrados são, de fato, nossos lados.

Toda crise é um crime ao passado
que anistia, intenso, o seu futuro.
Cada passo dado em falso,
livra nosso corpo d'outro furo.

Os vazios penam em plenitude
e os detalhes encontrados amiúde
nunca explicam a totalidade.

Mas cada parte pífia nos ilude
em buscar a honra na saúde
de ter desprendimento da maldade.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

VICiosa


Em meu trajeto sórdido
surgiu em tempo sóbrio
seu ar de espaço estudantil
fui a mil

O desenho histórico destes prédios
abre a ponte dos remédios
pra me consolar

Não passo um tempo são aqui
por isso acho que me confundi
e acabo por ficar aqui
sem fim.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Qualquer um


Não sabe os ovos em que pisa.
Anda sobre os saltos, imprecisa.
Desliza.

Tudo que é vivo lhe estranha
e usa a todo modo a artimanha.
Apanha.

Em quase todas festas se isola
e olha ao largo seu olhar de esmola.
Embola.

O que se poderia esperar
se já não vai mais se controlar.
Azar.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Acidentar



Ainda sinto ser adolescente
com os sentimentos inerentes
a este estado febril.
...
Meu comportamento incongruente
em cada criação pendente
rompe os laços do meu fio.
...
Bate forte um motor no peito
o que move reto este sujeito
até algo o fazer estagnar.
...
Se as veias vierem interromper,
não pode mais se envolver
nos fluxos naturais da vida.
...
O seu nervo a se dissolver
e os músculos não vão envolver
qualquer função a realizar.
...
Suas idéias não podem prever
o que está para acontecer
em seu corpo a se adoentar.

sábado, 14 de março de 2009

PORN'alista


As pernas são melhores que teus textos,
minhas gírias não passam de pretextos
pra te levar pra cama, pra te consolar
pra nos teus peitos poder me afogar.

Tuas reportagens, todas enigmáticas,
trazem à tona tuas temidas táticas.
Tu fazes meus hormônios despertarem
e quaisquer outras notícias renegarem.

Te tornes, então, a branca lauda,
por mim, redigida e pronunciada,
pois que o editor não se mete.

Lide bem com as minhas orações, 
cheias de exageros e entonações,
pra te publicar na minha manchete.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Sobre o viver


Sacou sua arma
não quis dizer
o seu propósito

Mas disse ser
um ser inóspito
aos demais

Talvez perceba
que a sua vida
é um perigo

Quis fazer
o seu destino
IINTERROMPER

As suas veias
tirar as meias
e DESCANSAR

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Morenna


Teus cabelos lisos, morena
me encantam a vista, serena.
Tua pele esquenta pequena
traz glamour à cena.

Me adocicam em doses
teus olhos ferozes.
Não escuto as vozes
só o faço em goles.

Tuas pernas lindas, pretensas,
deixam as atitudes tensas
para ver se engrena.

Se tiveres chamas propensas
bote fogo nas diferenças
pra nos ajustarmos sem pena.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

DeFlagre-SE


Você de conceito formado
não deve ficar abismado
co'as contradições da vida.

Se eu estiver ao seu lado,
vou questionar animado
a sua tristeza perdida.

Diante de um mundo entortado,
não há como ficar parado
sem cutucar a ferida,
para entender a saída.

O meu falatório acabado
só cessará se enganado
pela dissuasão convicta:
não há explicação pra vida.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

LíRiCa


Teu nome é lírico.
Me lembro dos lírios
e dos meus delírios
sem te melindrar.
...
Te levo pra Síria,
te invento gírias
do meu lerear.
...
És o meu colírio,
sem ti não me viro,
não posso ladrar.
...
Tua boca é a mira
onde a minha pira
quer se eternizar.
...
Minha fera fira
os meus freios frouxos
para te enfrentar.
...
E meu peito em prantos
perde os seus encantos
se eu não te aBRAçar.
Originalmente postado em 07 de abril de 2008

domingo, 21 de dezembro de 2008

FaiFeiÑFi


_ Oh meu, cê viu que fita?
Os treco num foro
e os mano se trisca.
_Qui coisa hein loko.
Os cara soltaro o pipoco
i agora os nego nem pisca
_Nói num vai mai se vê
entaum desliga a TV
qui vô pegá pista.

É mai um nego atormentado da vida
engole o segredo
mai fai um enredo
PIROTECNIA

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Rumo ao infinito

Quero os teus braços e abraços.
Quero a tua mão e o coração.
Quero as tuas pernas, ternas.
Quero a tua sensação, então,
...
vamos construir a nossa vida
juntos. E nunca mais será igual.
Vens viver a vontade esquecida.
Vamos fazer o bem pro mal.
...
Endireita o meu ímpeto missionário
e acharei, em ti, meu dicionário
pras cartas que te escreverei, paixão.
...
Vamos devagar pelo início.
Me faze esquecer meu vício.
Tu serás meu universo, imensidão...